segunda-feira, 23 de junho de 2008

OS PRESIDENTES DA PRIMEIRA REPÚBLICA E AS REVOLTAS SOCIAIS

OS PRESIDENTES DA PRIMEIRA REPÚBLICA

Depois dos primeiros presidentes militares (Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto), os outros presidentes que governaram o Brasil durante a Primeira República ou eram grandes proprietários de terras ou tiveram o apoio deles. Esses presidentes governaram o país de acordo com os interesses dos grupos económicos que representavam:

Prudente de Moraes (1894-1898)
Campos Sales (1898-1902)
Rodrigues Alves (1902-1906)
Afonso Pena (1906-1909)
Nilo Peçanha (1909-1910)
Hermes da Fonseca (1910-1914)
Venceslau Brás (1914-1918)
Delfim Moreira (1918-1919)
Epitácio Pessoa (1919-1922)
Artur Bernardes (1922-1926)
Washington Luís (1926-1930)

REVOLTAS SOCIAIS

A República não alterou de forma significativa a vida da maior parte dos brasileiros. Tanto no campo quanto nas fábricas, o cotidiano dos trabalhadores era marcado por longas jornadas, salários baixos, habitações miseráveis, etc. Nesse ambiente eclodiram diversos movimentos sociais.
Vamos ver alguns desses movimentos que eclodiram no início do século XX.
A REVOLTA DA VACINA

No início do século XX, as condições da saúde pública em todo o país eram precárias. Essa situação era pior em alguma cidades como Rio de Janeiro e Santos. Durante o governo de Rodrigues Alves, o médico Osvaldo Cruz assumiu a direção da saúde pública no Rio de Janeiro, então capital federal determinado a acabar com a febre amarela e a varíola na cidade.
Para combater a febre amarela, o médico organizou um serviço especial para matar os mosquitos transmissores da doença.
Mas a população nem sempre permitia que os funcionários encarregados de combatê-los, os chamados mata-mosquitos, entrassem em suas casas.
Com a varíola a situação foi mais grave. Para combater a doença, o governo decretou a vacina obrigatória. A população, em geral, discordava dessa medida; afirmava, por exemplo, que era falta de respeito obrigar as mulheres a descobrir o braço para serem vacinadas.
Nos dias 12,13,14 e 15 de novembro de 1904, as ruas da capital federal foram tomadas por grupos de pessoas revoltadas que apedrejaram e saquearam casas comerciais, espancaram policiais e outras autoridades, invadiram quartéis, construíram barricadas, incendiaram bondes.
Por trás da revolta contra a vacina obrigatória estava a insatisfação causada por outros problemas: falta de emprego, fome, abuso do poder, demolição dos cortiços do centro do Rio de Janeiro para a modernização da cidade, o que desabrigou milhares de pessoas, etc.
As autoridades, por sua vez, não explicaram claramente a necessidade da vacina.
Por ordem do governo, a polícia agiu com violência. Muitas pessoas foram presas, e os imigrantes que se envolveram na revolta foram expulsos do Brasil.

segunda-feira, 9 de junho de 2008

REPÚBLICA

República
O governo de Marechal Deodoro
(1889- 1891)
Proclamada a república, o marechal Deodoro assumiu o governo com poderes ditatórios.
A família imperial partiu para o exílio.
A assembléia do império dói dissolvida.
Decretou-se a separação entre o estado e a igreja.
Foi convocada uma assembléia constituinte.
A nova constituição foi promulgada em 1891 e durou até 1930.
Estabeleceu-se o voto direto para os poderes executivo, legislativo sem exigência de renda mínima para o direito ao voto, passando a votar os maiores de 21 anos, excetuando-se os analfabetos e as mulheres.
O primeiro ministro da fazendo foi Rui Barbosa.
Ele pretendia tornar o Brasil uma república capitalista, moderna e com muitas indústrias, deixando de ser um país de fazendeiros.
Para isso era preciso dinheiro, e Rui Barbosa tomou o caminho que parecia viável: Criou bancos para imprimir e emprestar dinheiro.
Com o dinheiro fácil, muita gente começou a pedir empréstimos e a investir na bolsa de valores.
Assim, muitas empresas fantasmas foram criadas só para conseguir dinheiro emprestado.
No fim veio a crise: a desvalorização do dinheiro, a desorganização financeira, a falência das empresas, grandes e pequenas fortunas perdidas.
Essa crise recebeu o nome de ENCILHAMENTO.
Tanto os fazendeiros como as empresas estrangeiras começaram a exigir o afastamento de Rui Barbosa e fazer oposição ao presidente Deodoro da Fonseca.
Este, para tentar se manter no poder, demitiu Rui Barbosa e colocou em seu lugar um monarquista conservador.
Diante da forte oposição, o presidente fechou o congresso e convocou novas eleições.
A reação foi grande. As forças armadas não apoiaram o presidente, que, sem alternativa, no dia 23 de novembro declarou aos militares:
“Não sou mais presidente da república”.
O Marechal Floriano Peixoto assumiu a presidência
(1891-1894)
Floriano enfrentou diversas revoltas.
As principais foram: revolução federalista e revolta da armada.
A constituição republicana instituiu o voto aberto, não secreto.
Os coronéis aproveitavam para impor o nome de seu candidato aos eleitores sobre controle.
As formas utilizadas eram muitas; iam desde a imposição pela força, por meio da atuação dos jagunços, até a concessão de favores de diversas espécies, como proteção, dinheiro, roupas, emprego e cuidados médicos.
ERAM O CHAMADO VOTO DO CABRESTO.
O CAFÉ-COM-LEITE
São Paulo e Minas Gerais representavam, durante a república oligarquista, as principais forças econômicas do país: O primeiro estado era responsável pela maior parte da produção de café e Minas, pela criação de gado.
Eram os líderes políticos de São Paulo e Minas gerais que indicavam e sustentavam o presidente.
A resposta de Floriano foi dura; enfrentou e venceu os revoltosos.
O PODER NA MÃO DOS CAFEICULTORES.
Em 1894, encerrado o governo de Floriano Peixoto , as elites agrárias, passaram a conduzir a política nacional.
A direção política do país passou a ser exclusiva dos fazendeiros, assim permanecendo até 1930.
O controle oligárquico teve como base de sustentação três elementos: o CORONELISMO, A POLÍTICA DOS GOVERNADORES E ACORDO DO CAFÉ- COM –LEITE.
O coronelismo e o voto cabresto.
A economia continuava a ser agrária.
No campo, grandes proprietários de terra, chamado coronéis controlavam
a população.