quarta-feira, 30 de setembro de 2009

SITÍOS HISTÓRICOS

Salvador, a primeira Capital do Brasil, foi fundada em 1549 por Thomé de Souza, o primeiro governador geral da colônia, para ser a sede do Império Português do novo mundo, permanecendo como capital até 1763. Foi construída de acordo com os projetos trazidos pelo mestre de obras Luiz Dias, estabelecendo uma réplica de Lisboa e Porto, as duas maiores cidades de Portugal, na época.

Constitui o patrimônio de uma Cidade o conjunto de bens móveis e imóveis existentes nela, cuja conservação seja de interesse público, quer por sua vinculação a fatos memoráveis, quer pelo seu excepcional valor folclórico, arqueológico, arquitetônico, etnográfico, artístico, documental, dotados pela natureza ou agenciados pela indústria humana, inclusive os monumentos naturais, os sítios e as paisagens.


O patrimônio histórico de Salvador é considerado o maior conjunto arquitetônico colonial da América Latina, tombado pela UNESCO em 1985, com quase 3.000 imóveis dos séc XVII, XVIII e XIX, sendo um documento vivo da história do Brasil colonial.

A Gerência de Sítios Históricos tem como objetivo principal, olhar e cuidar do acervo público municipal. Estuda e pesquisa a história dos monumentos da cidade, procurando preservá-los na sua forma original, executando obras de restauro e/ou conservação, coordenando e orientando os estudos e os projetos de intervenção elaborados por terceiros. Sua finalidade é promover um maior entrosamento entre política de desenvolvimento e de preservação, conscientizando a população sobre a importância do patrimônio edificado que lhe pertence e contempla a seguinte estrutura:


• Sub-Gerência de Projetos
1. Setor de Captação de Recursos e Convênios;
2. Setor de Desenvolvimento de Projetos.

• Sub-Gerência de Espaços Públicos e Monumentos
1. Setor de Preservação e Integração;
2. Setor de Fiscalização e Manutenção.

Um sítio histórico urbano deve ser entendido como área que identifica testemunhos culturais, nas suas mais diversas manifestações. Em se tratando de patrimônio arquitetônico, podemos destacar três grandes sítios históricos: Centro, Itapagipe e Rio Vermelho.

As intervenções a serem realizadas em áreas de preservação deverão sempre observar as seguintes legislações:

• Lei de Tombamento Federal – DL 25/37
Portaria nº 11 – Normas de procedimento para tombamento.

• Lei de Tombamento Estadual – Lei nº 3.660 – Dispõe sobre o Tombamento, pelo Estado, de Bens de Valor Cultural.
Decreto nº 26.319 – regulamenta a Lei 3.660 – Organiza a Proteção do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.

• Lei Orgânica do Município (artigo 52 inciso XXV) – Promover o Tombamento dos Bens do Município.

• Decreto nº 5086 – Municipal - 29/12/76 – Cria uma faixa de proteção às encostas da Avenida Sete de Setembro e dá outras providências.

• Lei nº 2.744 – Municipal - Modifica, Acrescenta e Revoga Dispositivos da Lei nº 2.403 de 23 de Agosto de 1972, Alterados Pela Lei nº 2.682.

• Lei Nº 2.826 – Municipal - Dispõe Sobre a Proteção, Uso, Conservação e Preservação de Árvores e Áreas Verdes no Território do Município, Autoriza o Executivo Municipal a Alienar Áreas de Domínio Público.

• Lei Nº 3289/83 – Municipal -Altera e Dá Nova Redação a Dispositivos da Lei nº 2403 de 23 de Agosto de 1972.

• Lei nº 3.903/88 - Institui normas relativas à execução de obras do Município do Salvador, alterando as Leis nºs 2.403/72 e 3.077/79


A GESIH, intervêm em imóveis de propriedade da Fundação Gregório de Mattos, situados no Centro Histórico, a saber:

1. TEATRO GREGÓRIO DE MATTOS - área de 1.500 m2;
2. MUSEU DA CIDADE - área de 700 m2;
3. CONJUNTO DO BENIN (formado pela Casa do Representante, Restaurante e Casa do Benin) - área 1.100 m2.

Do mesmo modo, está executando obras de restauro na IGREJA NOSSA SENHORA DA BARROQUINHA, edificação tombada pelo IPHAN - Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, através de contrato de comodato com a Arquidiocese de São Salvador da Bahia e patrocínio da PETROBRAS, com a interveniência do Ministério da Cultura, objetivando transformá-la em Espaço Cultural.

A cidade do Salvador possui um grande número de obras de arte públicas, de relevante valor histórico/cultural, cujos conceitos, estão assim classificados:


MEMORIAL/MONUMENTO – Obra escultórica destinada a transmitir à posteridade a memória de uma pessoa ou um acontecimento;

BUSTO - Representação de uma figura humana que compreende a cabeça, o pescoço, os ombros, o princípio do tronco;

EFÍGIE – Perfil de um rosto gravado em uma medalha;

MEDALHÃO – Motivo de decoração esculpida, que tem o formato de uma grande medalha circular ou oval;

HERMA – Todo busto ou figura em meio corpo prolongando-se em pedestal;

CHAFARIZ – Elemento arquitetônico que jorra água potável;

ESCULTURA – Arte de criação de formas em três dimensões (técnicas: esculpir, talhar, modelar);

ESTÁTUA – Escultura de vulto lavrada, fundida ou modelada, representando uma figura humana ou animal que constitui uma representação realística de tamanho variado, podendo ir do tamanho natural até as grandes dimensões da estátua colossal;

MARCO – Elemento de demarcação de fato representativo.

PAINEL – Superfície emoldurada em uma obra arquitetônica.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

CURIOSIDADES HISTÓRICAS

Alguns documentos custodiados pelo Arquivo Histórico Municipal de Salvador registram curiosidades históricas bastante interessantes. Este é o caso da “postura”, deliberação municipal que obrigava a população ao cumprimento de certos deveres de ordem pública, permitindo resgatar através do seu conteúdo o cotidiano da cidade, nos séculos coloniais e imperial.

A título de exemplo, destaca-se, a abaixo, algumas posturas

Livro de Posturas das Câmaras Municipais da Província da Bahia (1829-1859):

- Postura 32 (fl.18 v.)
Os nós ou valas que atravessarem por terrenos particulares andarão sempre limpos e desentupidos pelos proprietários, administradores ou arrendatários de tais terrenos; assim como os brejos e pântanos na cidade, e seus subúrbios não se poderão conservar alagados. Pena de vinte mil réis, ou oito dias de prisão.

- Postura 35 (fl.19 v.)
O despejo imundo das casas será levado ao mar em vasilhas de pão cobertas, depois de oito horas da noite. Os que forem apanhados antes da hora marcada ou fazendo o despejo nas ruas, e outros lugares públicos serão incursos na pena de dois mil réis, ou casas: pena de oito mil réis ou quatro dias de prisão.

- Postura 51 (fl.30)
A ninguém é permitido conservar sobre os parapeitos das janelas em taboa fora deles e nos telhados de suas casas vasos de flores, ou de outros objetos, que possam cair, e prejudicar a quem passar. Pena de quatro mil réis, ou dois dias de prisão e de se mandar arriar imediatamente.

Livro de Posturas das Câmaras Municipais desta Província (1837-1847)

- Postura 44 (fl.06)
É proibido aos donos de lojas, tabernas e casas de bebidas, ter as portas abertas depois das nove horas da noite, sob pena de seis mil réis.

- Postura 10 (fl. 12)
Ninguém poderá vender quaisquer gêneros se não publicamente, para se conhecer da bondade dos mesmos gêneros e da exatidão dos pesos e medidas, sob pena de mil réis por cada vez.

Os bastidores da República

Os 120 anos desse período são a oportunidade para rever criticamente o golpe que deu início a ele e debater a ausência de participação popular

Rita Trevisan (novaescola@atleitor.com.br)

Henrique Bernadelli/Acervo do Museu da República

Nas clássicas representações do golpe militar que marcou o fim da Monarquia no Brasil e o início da República, a imagem do marechal Deodoro da Fonseca (1827-1892), erguendo seu quepe cheio de glórias, é a que prevalece. No quadro de Henrique Bernardelli (1857-1936, mostrado à esquerda), o militar é propositadamente recuperado como a figura central, o representante maior dos ideais de liberdade associados ao novo período. Esses e outros retratos da época ajudaram a disseminar uma visão parcial do episódio, apagando outros personagens que desempenharam papel relevante na mudança. Iluminar esses grupos esquecidos é o ponto de partida para apresentar uma visão crítica da proclamação da República aos estudantes.

O ponto fundamental é esclarecer que, longe de ser um fato pontual, a instauração do novo modo de governo decorre de uma série de fatores que contribuíram para criar um cenário propício à República. Expor essa realidade aos alunos, privilegiando a visão de processo histórico, permite um entendimento mais profundo da realidade política, econômica e social da época. Com base nessa revisão histórica, o próprio papel dos militares no episódio passa a ser relativizado, uma vez que outros agentes com importante função no gradativo enfraquecimento do antigo governo são trazidos à luz.

É possível, por exemplo, reavaliar o que de fato ocorreu no dia da proclamação. Em 14 de novembro de 1889, os republicanos fizeram circular o boato de que o governo imperial havia mandado prender Deodoro e o tenente-coronel Benjamin Constant, líder dos oficiais republicanos. O objetivo era instigar o marechal, um militar de prestígio, a comandar um golpe contra a monarquia. Deu certo: no dia 15, ele reuniu algumas tropas, que em seguida rumaram para o centro do Rio de Janeiro e depuseram os ministros de dom Pedro II.

O imperador, que estava em Petrópolis, a 72 quilômetros do Rio de Janeiro, retornou para a capital na tentativa de formar um novo ministério. Mas, ao receber um comunicado dos golpistas informando sobre a proclamação da República e pedindo que deixasse o país, não ofereceu resistência e partiu para a Europa. Tamanho era o temor de que o Império pudesse ser restaurado que o banimento da família real durou décadas: apenas em 1921 os herdeiros diretos do imperador deposto foram finalmente autorizados a pisar em solo brasileiro.

Vale discutir o peso da participação de Deodoro da Fonseca explicando alguns detalhes dos bastidores do acontecimento. Fosse ou não ele a figura central do fato, que não enfrentou praticamente nenhuma resistência - daí as representações não o mostrarem de espada em punho -, muito provavelmente a história teria o mesmo desfecho. Conte que o "herói da proclamação" fez parte do Estado monárquico e era funcionário de confiança de dom Pedro II. Relutou em instaurar o novo sistema e aderiu à causa dias antes.

No dia fatídico, ele saiu de casa praticamente carregado por seus companheiros - Deodoro estava doente, com problemas respiratórios. Cavalgou quase a contragosto, ameaçado pela ideia de que o governo imperial, ao saber dos boatos sobre a proclamação, pretendesse reorganizar a Guarda Nacional e fortalecer a polícia do Rio de Janeiro para se contrapor ao Exército. Foi o republicano José do Patrocínio que, horas mais tarde, dirigiu-se à Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro, presidindo o ato solene de proclamação da República. Deodoro, a essa altura, estaria em casa, possivelmente assinando a carta que chegaria a seu amigo pessoal, o imperador Pedro II, informando, com grande pesar, o banimento da família real.

29 de setembro de 1992 – Sim para o povo, Não para Collor



Há exatos 17 anos, multidões nas ruas e praças das principais cidades do país acompanharam a transmissão, pela Tv e rádio, da votação de impeachment do então Presidente da República Fernando Collor de Melo, comemorando voto a voto o seu afastamento. Em frente ao prédio do Congresso Nacional, em Brasília, cerca de 100 mil pessoas aguardaram ansiosamente o resultado da contagem dos votos dos deputados federais que, numa decisão inédita no país, autorizaram a deposição do presidente. Foram 441 votos contra Collor (105 a mais do que o necessário), 38 a favor do presidente e uma abstenção.

O 336º voto, que completou os dois terços necessários para o afastamento de Collor, foi, por coincidência, de um mineiro, o deputado Paulo Romano, conterrâneo do vice-presidente Itamar Franco. Ao final da sessão, aos gritos, abraços e aplausos, os deputados se reuniram no plenário lotado e cantaram um trecho do Hino da Independência, enquanto Ibsen Pinheiro, presidente da Câmara, proclamou o resultado: “Está admitida a acusação contra o presidente da República”.



A decisão da Câmara se deu quatro meses após a instalação da mais devastadora Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do país, criada para investigar as denúncias de Pedro Collor, irmão do presidente, sobre um esquema de corrupção e tráfico de influência operado por Paulo César Farias, tesoureiro da campanha presidencial de Fernando Collor.

Cerca de dois meses depois da aprovação do impeachment na Câmara Federal, Fernando Collor renunciaria a presidência, deixando o cargo em 29 de dezembro de 1992. Entretanto, sua postura não impediu que seus direitos políticos fossem cassados por oito anos, até 2000. Atualmente, Collor é senador pelo estado de Alagoas, tendo tomado posse em 2007.

sábado, 26 de setembro de 2009


Gratidão

por Ceó Pontual

Antistenes (444 – 371 a.C) foi um filósofo grego.

“Gratidão é a memória do coração.” Antistenes.

Hoje na História

Martin Luther King inicia campanha para que

os negros americanos tenham direito a voto


Por Rudolfo

Hoje, o presidente dos Estados Unidos, Barak Obama, é negro. Impressionante imaginar que há pouco mais de 40 anos, os negros norte-americanos sequer tinham direito a voto. A escalada que levou ao fim dessa discriminação absurda e à ascensão de Obama ao posto de líder da Nação mais poderosa do mundo tem como personagem principal o pastor protestante Martin Luther King. Um dos mais importantes ativistas de toda a história pelos direitos civis, Martin Luther King é autor do tocante discurso que tem como mote a frase: "Eu Tenho um Sonho". A chegada de Obama ao poder é a concretização desse sonho. Que se iniciou em 25 de setembro de 1961, quando Luther King iniciou a sua campanha para que os negros dos Estados Unidos tivessem direito a voto.

Nada foi fácil para esse homem, que nasceu em Atlanta, no dia 15 de janeiro de 1929 e que, pela força das suas ideias, acabou assassinado no dia 4 de abril de 1968, em Memphis. Mais jovem pessoa a ganhar o Prêmio Nobel da Paz, em 1964, Martin Luther King pregava, como Ghandi, a não-violência e o amor ao próximo como bandeiras, além da igualdade para negros e mulheres.
A história do ativismo político contra a discriminação racial nos Estados Unidos começa em 1955, quando Rosa Parks, uma mulher negra, se recusa a dar seu lugar em um ônibus para uma mulher branca. Por essa recusa, Rosa Parks acaba presa. King lidera uma campanha de protesto em Montgomery, cidade em que o fato ocorreu, que dura 381 dias. Em seguida a esse episódio, ele funda a Conferência de Liderança Cristã do Sul, entidade destinada a organizar a luta pelos direitos civis. Em 1961, ele inicia a luta pelo direito de voto. O famoso discurso "Eu Tenho um Sonho" foi proferido em março de 1963 em frente ao Memorial Lincoln, em Washington, durante a "Marcha pelo Emprego e pela Liberdade".
O movimento de King provoca ódio dos grupos racistas do Sul dos estados Unidos. No dia 4 de abril de 1968, momentos antes de uma marcha que ele organizava num hotel em Memphis, Martin Luther King é assassinado com um tiro. James Earl Ray confessou o crime, mas anos depois, voltou atrás. Após a morte de King, foi estabelecido um feriado nacional nos EUA, o Dia de Martin Luther King, que acontece sempre na terceira segunda-feira do mês de janeiro, data próxima ao seu aniversário.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Crise econômica próxima do fim?

As lições da crise, um ano depois

José Renato Salatiel*
Especial para a Página 3 Pedagogia & Comunicação
Foto: Ricardo Stuckert/PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva na reunião de chefes de Estado do G20, em abril de 2009

Foi numa segunda-feira, 15 de setembro de 2008, que ocorreu a morte simbólica de Wall Street, um dos mais importantes centros financeiros do mundo. A economia mundial se viu então diante um iminente colapso, sem precedentes desde o crack da bolsa de Nova York em 1929. (Direto ao ponto: Ficha-resumo)

Neste dia, o Lehman Brothers quebrou e outros três bancos de investimentos dos Estados Unidos, o JP Morgan, o Merril Lynch e o Goldman Sachs, quase foram à falência. Para se reerguerem, pediram socorro ao governo. Era o início da atual crise econômica mundial, que mudou o panorama geopolítico do mundo globalizado e deixou uma dívida que, no futuro, pode resultar em novos abalos no sistema financeiro. Para evitar isso, é preciso criar mecanismos mais eficientes para regulamentar a especulação com capitais de risco.

A questão de como será feito esse controle é justamente um dos pontos de divergência da cúpula do G-20, grupo dos países ricos e emergentes. Eles se reúnem no final deste mês de setembro nos Estados Unidos para chegar a um acordo sobre como sair da crise.

Quase um ano depois, o consenso é que o pior já passou e que os efeitos, contrariando os mais pessimistas, foram menos catastróficos que o esperado. De acordo com o FMI (Fundo Monetário Internacional), a previsão é de recuo em 1,3% da economia global este ano - contra a estimativa anterior de 1,4% de retração - e recuperação somente no final de 2010.

Trocando em miúdos, o capitalismo entrou agora na fase de recuperação. No entanto, para o G-20, ainda é cedo para suspender a irrigação de setores privados com verbas públicas. É uma aposta necessária, mas que não agrada a todos. Manter os pacotes de estímulos monetários e fiscais do Estado tem um custo político: o contribuinte sabe que foi ele quem pagou pela "lambança" no mercado financeiro, e deve retribuir seu descontentamento nas urnas.

Governos gastaram trilhões de dólares de impostos e aposentadorias para salvar bancos à beira da falência, "azeitar" o setor industrial e gerar empregos. Com isso, mais as medidas de reajustes fiscais, conseguiram resgatar a economia do buraco.

Brasil

O mundo pós-crise que surgiu dessa manobra trouxe também um novo rearranjo no tabuleiro da geopolítica mundial. Os Estados Unidos elegeram o primeiro presidente negro de sua história, Barack Obama, com a promessa de reerguer a maior potência econômica do planeta.

Desde o início da recessão, o país viu desaparecer 6,9 milhões de vagas e amarga a pior taxa de desemprego em 26 anos. O americano está endividado e sem poder de consumo, o que deve retardar ainda mais a recuperação da economia doméstica.

Na Europa, mesmo com o setor bancário menos atingido, o desemprego é o maior em dez anos, o que deu vazão a políticas de restrições à imigração. E, pela primeira vez, a China ultrapassou a Alemanha e se tornou o principal país exportador no mundo, provocando uma mudança no fluxo de capitais entre Estados Unidos e Europa.

Aliás, são os países que compõe o chamado Bric (Brasil, Rússia, Índia e China), grupo das economias emergentes, que saem fortalecidos da crise, com maior poder político e de atração de investimentos.

No Brasil, a recessão durou exatamente dois trimestres, contra o dobro em nações mais ricas, como Estados Unidos, França e Alemanha. Para este ano, a estimativa de crescimento é de quase 2%, contrastando com as taxas negativas em outros países.

Contribuiu para isso uma economia estável e um mercado financeiro com pouca alavancagem - termo usado para quando uma empresa investe aquilo que não tem. Foi esse tipo de operação de risco que deu início ao período de recessão.

Bolha imobiliária

No final de 2008, instituições financeiras promoviam uma verdadeira "roleta russa" com as economias de pessoas comuns. Havia juros baixos e crédito farto para operações de alto risco e lucro incerto.

Os americanos pegavam dinheiro emprestado dos bancos para comprar casas, contraindo dívidas que não poderiam pagar. Com a maior procura, os imóveis eram valorizados. Os bancos, por sua vez, faziam contratos de segunda linha, chamados subprimes, e repassavam para as seguradoras, visando se cobrir de eventuais calotes. Os papéis eram ainda negociados com investidores e fundos de aposentadoria.

A ideia era, no final, todos saírem ganhando. Mas aí os juros aumentaram e os americanos não conseguiram pagar as dívidas, perdendo as casas hipotecadas. Os bancos colocaram os imóveis à venda, causando queda nos preços de mercado.

De uma hora para outra, empresas se viram cobertas de títulos "podres" dos quais precisavam se livrar o mais rápido possível, antes que se desvalorizassem mais ainda. A situação era o que os especialistas chamam de estouro da "bolha".

A volta do Estado

Daí por diante, foi um efeito dominó. Com a confiança abalada no mercado, créditos deixaram de ser concedidos e os investidores se afastaram. Sem crédito, houve queda de produção e as fábricas fecharam, como aconteceu com a indústria automobilística.

Como resultado, milhares de pessoas perderam o emprego, gerando queda no consumo e na arrecadação de impostos. Os países entraram em período de recessão, que é quando deixam de crescer e acumulam perdas no Produto Interno Bruto (PIB), a soma de riquezas de uma nação.

Mas por que a crise não foi prevista? Por que não se adotaram mecanismos para impedir que isso acontecesse?

Controles existem, mas são frágeis: um dinheiro investido em uma ação da Bolsa atravessa o mundo em questão de segundos, enquanto as agências que controlam as transações financeiras, como os bancos centrais, ficam restritas às fronteiras de cada país.

Além disso, nos últimos 50 anos a crença dominante entre economistas era de um mercado autorregulado, aquilo que Adam Smith (1723-1790), pai da economia moderna, chamava de "mão invisível". Quando menos o Estado interviesse, melhor.

A doutrina da "mão invisível" saiu abalada com a crise e hoje se fala em reconstrução do papel do Estado na economia global. O problema dessa história é que o Estado está fazendo isso contraindo dívidas que podem ser o germe da próxima depressão.

Os Estados Unidos, que gastaram US$ 12 trilhões em pacotes para salvar bancos e indústrias, a previsão é terminar o ano com déficit de 11% do PIB (no Brasil, estima-se em torno de 3%).

Enquanto isso, os grandes bancos que antes estavam à margem do abismo comemoram a saída do vermelho. Voltaram a faturar. Melhor do que isso, saíram da crise com uma espécie de salvo-conduto: a garantia de que, a despeito das especulações de risco, poderão ser ajudados novamente pelo governo.

Não se sabe quando ocorrerá a nova crise. A única certeza é que, a menos que sejam implementadas medidas mais enérgicas de controles das finanças internacionais, ela virá. E nem é preciso ser economista para saber quem vai pagar a conta novamente.

Morria Pablo Neruda

quarta-feira, 23 de setembro de 2009
Por Gabriel

Morria, em 23 de setembro de 1973, em Santiago, um dos mais importantes poetas da língua castelhana do século XX: Pablo Neruda. Nasceu com o nome de Ricardo Eliezer Neftalí Reyes Basoalto. Ainda adolescente adotou o pseudônimo de Pablo Neruda (inspirado no escritor checo Jan Neruda), que utilizaria durante toda a vida, tornando-se seu nome legal, após ação de modificação do nome civil.

Foi cônsul do Chile na Espanha e no México, eleito senador em 1945 e embaixador na França, em 1970. Tornou-se marxista e revolucionário. Era a voz angustiada da República Espanhola e, depois, das revoluções latino-americanas. Esteve diversas vezes no Brasil. Em uma das vezes, em 1945, leu para mais de 100 mil pessoas no Estádio do Pacaembu em homenagem ao líder comunista Luís Carlos Prestes.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

glitters

Dia Mundial Sem Carro

terça-feira, 22 de setembro de 2009
Por Gabriel

No dia 22 de setembro, em cidades do mundo todo, são realizadas atividades em defesa do meio ambiente e da qualidade de vida nas cidades, no que passou a ser conhecido como Dia Mundial Sem Carro. Na Europa, a semana toda é recheada de atividades, no que chamam de Semana Europeia da Mobilidade (16 a 22 de setembro).

O objetivo principal do Dia Mundial Sem Carro é estimular uma reflexão sobre o uso excessivo do automóvel, além de propor às pessoas que dirigem todos os dias que revejam a dependência que criaram em relação ao carro ou moto. A ideia é que essas pessoas experimentem, pelo menos nesse dia, formas alternativas de mobilidade, descobrindo que é possível se locomover pela cidade sem usar o automóvel e que há vida além do para-brisa.

A data foi criada na França, em 1997, sendo adotada por vários países europeus já no ano 2000. Na cidade de São Paulo (Brasil), são realizadas atividades desde 2004. Até 2006, as atividades eram realizadas principalmente por iniciativa de cicloativistas e participantes da Bicicletada, com apoio da Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente. As iniciativas dos ciclistas continuaram ocorrendo em 2007 e 2008, mas desde 2007 o Movimento Nossa São Paulo engrossou o coro, realizando novas atividades e eventos e trazendo mais visibilidade para a data.


segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Pedido Urgente

By Ceó Pontual

Essa é pra quem começou mau a segundona! :)

Uma excelente semana para todos! Abraços.

“Deus, dai-me paciência agora!” Anônimo.

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O Museu Britânico inaugura nesta quinta-feira uma megaexposição que mostra a trajetória e o legado do último imperador dos astecas, Montezuma 2º, que reinou no México entre 1502 e 1520.
  • Reprodução/BBC

    Exposição mostra a trajetória e o legado do último imperador dos astecas, Montezuma 2º, que reinou no México entre 1502 e 1520

A mostra "Moctezuma: Aztec Ruler" ("Montezuma: Imperador Asteca", em tradução livre) é a mais recente exposição do museu de sua série sobre poder e impérios.

Entre os objetos da mostra estão uma rebuscada máscara feita de ouro e turquesa, considerada um dos melhores exemplos da arte asteca.

Montezuma herdou e consolidou o poder asteca sobre um complexo império político que se estendia do Oceano Pacífico ao Golfo do México.

O experiente general foi nomeado comandante militar e ganhou as maiores condecorações de guerra antes de ser eleito líder supremo em 1502.

No entanto, se por um lado o imperador era considerado um semideus por seus súditos, foi durante o seu reinado que o império asteca ruiu diante dos invasores espanhóis, abrindo o caminho para a formação do México moderno.

A mostra tem o apoio da ArcelorMittal e foi idealizada com o apoio do Instituto Nacional para Antropologia e História da Cidade do México

21 de setembro

Dia da árvore lembra importância da natureza

Da página 3 Pedagogia & Comunicação
No Brasil, o dia da árvore é comemorado em 21 de setembro, às vésperas da entrada da primavera. No Norte e Nordeste do país as árvores costumam ser homenageadas também na última semana de março, época do início do período das chuvas naquela região.
Marcelo Ximenez/Folha imagem
Bonsai, a miniárvore, é resultado de técnicas japonesas de poda
MAIS ÁRVORES
A árvore é o símbolo maior da natureza. Plantar, cuidar, proteger e defender as árvores significa valorizar todo o verde que ainda existe no planeta. A defesa de florestas como a da Amazônia, por exemplo, está se tornando uma questão de sobrevivência para nossa espécie, devido aos inúmeros problemas ambientais que nós mesmos criamos na Terra.

Além de sua própria beleza, as árvores têm funções importantes para o meio ambiente. Elas refrescam o ambiente, dão sombra, são barreiras contra o vento, ajudam a manter a umidade do ar, diminuem a poluição, mantêm o solo firme e servem de abrigo para pássaros e outros animais.

Além disso, para o ser humano, as árvores oferecem a madeira, o carvão, os frutos, as flores e as matérias-primas para a fabricação de papel, remédios e uma infinidade de produtos. Por isso, ao derrubá-las, devemos ter em mente a necessidade de replantá-las. O reflorestamento, felizmente, tem se tornado mais comum.

Há árvores que podem durar centenas de anos ou mais de um milênio. É o caso da sequóia, uma arvore típica da América do Norte que, além da vida longa, também pode atingir os 100 metros de altura. Mas uma das árvores características da mata Atlântica brasileira, o jequitibá, também pode atingir os 60 metros: a altura de um edifício de 20 andares. Jequitibá, em tupi, quer dizer, por sinal, "gigante da floresta".

No Brasil, cada região escolheu uma árvore típica como seu símbolo. A região Norte, a castanheira; a região Nordeste, a carnaúba; a Centro-oeste, o ipê-amarelo, a Sudeste, o pau-brasil e a região Sul, o pinheiro-do-paraná. Nunca é demais lembrar, também, que o pau-brasil deu o nome ao nosso país.

Na semana da árvore você pode contribuir com o meio ambiente plantando ou adotando uma árvore. No site da ONG Iniciativa Verde (veja abaixo) você descobrirá quantas árvores deve plantar de acordo com a quantidade de gás carbônico que a sua rotina produz. A natureza (da qual também fazemos parte) agradece.

domingo, 20 de setembro de 2009

Quais foram os Colonizadores Da África?

As fronteiras na África foram determinadas entre os séculos 15 e 16, com a colonização européia. Como cada país europeu conquistou regiões diferentes, então as fronteiras respeitaram essa divisão. Como, no entanto, a marcação territorial não respeitou a distribuição dos povos que já viviam ali, alguns deles foram divididos em diferentes países ou, em alguns casos, grupos inimigos ficaram sob o mesmo governo.

"Não dá para dizer que todos os problemas que existem na África até hoje, como briga entre povos e, consequentemente, os milhões de refugiados, sejam consequência dessas fronteiras artificiais impostas, mas certamente isso teve um papel muito importante", afirma Juliano da Silva Cortinhas, professor de Relações Internacionais da Universidade Católica de Brasilia.

Os colonizadores vieram de diversos países – França, Portugal, Alemanha, Bélgica, só para citar alguns europeus. O primeiro momento de colonização do continente ocorreu entre 1880 e 1910 (veja o mapa abaixo). Antes da chegada deles, o que existia eram sociedades tribais organizadas, e não estados nacionais. A África não foi o único continente onde esse tipo de imposição aconteceu. Na América Latina como um todo, incluindo o Brasil, sabe-se que os povos que não foram dizimados pelos colonizadores tiveram que viver segundo a organização imposta pelos estrangeiros. "Na África não houve esse processo de destruição das populações, porque os europeus viam os africanos como mercadoria do tráfico de escravos", explica o professor.

“Somente dois países não foram colônias em nenhum instante: Libéria (que era um estado formado por escravos libertos dos Estados Unidos) e Etiópia (que foi dominada pela Itália entre 1936 e 1941)”, afirma Luiz Arnaut, professor da Universidade Federal de Minas Gerais.

A África hoje é composta por 54 países independentes e uma riqueza inumerável de idiomas, bem como de etnias, algumas, infelizmente, ainda em conflito.

Os colonizadores da África. Ilustração Japs

Consultoria Luiz Arnaut, da Universidade Federal de Minas Gerais e Juliano da Silva Cortinhas, professor da Universidade Católica de Brasilia.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

ESTADO NOVO

(1937-1945)

Polaca- Chico Campos

estabelece ditadura de Getulio

permite ao governo intervir na economia

através de planejamento e de empresas

estatais.

DIP: controla a propaganda e a censura

· Radiobrás e a Voz do Brasil;

· Difunde a nova imagem do Brasileiro: o “Mulato”: mistura de raças e culturas;

· cerimônia da queima das bandeiras estaduais.

Ataque Integralista ao Palácio do Catete

· Integralistas: fascistas brasileiros

· Líder: Plínio Salgado

· Sigma e Anauê

Crise do Estado Novo (1945)

1. Novos Partidos

· PSD: getulismo sem Getúlio

· PTB: máquina sindical

· UDN: odiamos Getulio

“Queremismo”; queremos Constituinte com Getúlio (PTB+PCB (Prestes)

Góes Monteiro e Dutra derrubam Getulio que volta para São Borja(RS)


Período Constitucional

(1934-1937)


Constituição de 1934:

· nacionalização do subsolo

· leis trabalhistas

· Justiça do trabalho

· eleição de Getúlio para mandato

· presidencial de 1934 a 1938

INTENTONA COMUNISTA

1935

· ANL: comunistas liderados por Prestes.

· Governo “fecha” o governo com Estado de Sitio.

Plano Cohen

Plano falso feito pelo governo para dar o

Golpe do Estado Novo.