sábado, 26 de setembro de 2009

Hoje na História

Martin Luther King inicia campanha para que

os negros americanos tenham direito a voto


Por Rudolfo

Hoje, o presidente dos Estados Unidos, Barak Obama, é negro. Impressionante imaginar que há pouco mais de 40 anos, os negros norte-americanos sequer tinham direito a voto. A escalada que levou ao fim dessa discriminação absurda e à ascensão de Obama ao posto de líder da Nação mais poderosa do mundo tem como personagem principal o pastor protestante Martin Luther King. Um dos mais importantes ativistas de toda a história pelos direitos civis, Martin Luther King é autor do tocante discurso que tem como mote a frase: "Eu Tenho um Sonho". A chegada de Obama ao poder é a concretização desse sonho. Que se iniciou em 25 de setembro de 1961, quando Luther King iniciou a sua campanha para que os negros dos Estados Unidos tivessem direito a voto.

Nada foi fácil para esse homem, que nasceu em Atlanta, no dia 15 de janeiro de 1929 e que, pela força das suas ideias, acabou assassinado no dia 4 de abril de 1968, em Memphis. Mais jovem pessoa a ganhar o Prêmio Nobel da Paz, em 1964, Martin Luther King pregava, como Ghandi, a não-violência e o amor ao próximo como bandeiras, além da igualdade para negros e mulheres.
A história do ativismo político contra a discriminação racial nos Estados Unidos começa em 1955, quando Rosa Parks, uma mulher negra, se recusa a dar seu lugar em um ônibus para uma mulher branca. Por essa recusa, Rosa Parks acaba presa. King lidera uma campanha de protesto em Montgomery, cidade em que o fato ocorreu, que dura 381 dias. Em seguida a esse episódio, ele funda a Conferência de Liderança Cristã do Sul, entidade destinada a organizar a luta pelos direitos civis. Em 1961, ele inicia a luta pelo direito de voto. O famoso discurso "Eu Tenho um Sonho" foi proferido em março de 1963 em frente ao Memorial Lincoln, em Washington, durante a "Marcha pelo Emprego e pela Liberdade".
O movimento de King provoca ódio dos grupos racistas do Sul dos estados Unidos. No dia 4 de abril de 1968, momentos antes de uma marcha que ele organizava num hotel em Memphis, Martin Luther King é assassinado com um tiro. James Earl Ray confessou o crime, mas anos depois, voltou atrás. Após a morte de King, foi estabelecido um feriado nacional nos EUA, o Dia de Martin Luther King, que acontece sempre na terceira segunda-feira do mês de janeiro, data próxima ao seu aniversário.